A escolha do autor de "O Vampiro de Curitiba", de 1965, foi unânime
pelo júri da 24ª edição do prêmio, formado por seis representantes de
Portugal, Brasil, Moçambique e Angola. Foi por esta obra que o
homenageado passou a ser chamado de Vampiro de Curitiba, associando
também ao estilo de vida dele de reclusão. Trevisan não gosta de dar
entrevistas nem de ser fotografado e dificilmente é visto nas ruas.
Ele é reconhecido por ser um dos grandes contistas da Língua Portuguesa
e de ter uma prosa peculiar. Entre as obras mais conhecidas estão "Ah,
é?", "A Guerra Conjugal", "A Polaquinha", "Arara Bêbada", "111 Ais",
"Pico na Veia" e "O Anão e a Ninfeta", lançado em 2011.
Dalton Trevisan, que nasceu em 1925 em Curitiba, é formado em direito e apenas depois de ter sido jornalista policial e crítico de cinema, passou a se dedicar à literatura.
O Prêmio Camões existe desde 1989. No passado, o homenageado foi o português Manuel António Pina. Outros nomes da Literatura Brasileira também já foram agraciados, como João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Ferreira Gullar e Lygia Fagundes Telles.
No comunicado oficial do prêmio, a organização divulgou que não havia
conseguido contato com Dalton Trevisan para avisá-lo da homenagem.